Hércules era filho de Zeus, o grande deus grego, e de Alcmena, a mulher mais bela da época. Mas Zeus era casado com a deusa Hera, a qual, enciumadíssima com aquele filho de seu esposo na terra, jurou persegui-lo sem cessar.
Hércules casou-se com Dejanira, a quem amava muito. Mas um dia, numa das suas expedições, foi parar nas terras do centauro Néssus. Pediu então, a Néssus que ajudasse sua esposa a atravessar um rio. No meio do rio, Néssus teve a idéia de beijar a força a esposa de Hércules. Lá da margem, Hércules viu tudo e tomou uma flecha e espetou-a no coração de Néssus. Antes de morrer, entregou a Dejanira um filtro potentíssimo, quem usasse qualquer peça de roupa com esse filtro, envenenar-se-ia e morreria a pior das mortes. Dejanira guardou o filtro e alcançou a nado a margem onde Hércules a esperava.
Tempos depois, Hércules se meteu em nova aventura, na qual salvou uma linda moça de nome Íole, levando-a consigo à ilha de Eubéia, onde havia um altar a Zeus. Lá, querendo oferecer um sacrifício a Zeus, mandou um mensageiro à sua casa em Traquis, buscar uma túnica. Chamava-se Licas esse mensageiro. Em vez de limitar-se a cumprir a sua missão, contou a Dejanira toda a aventura de Hércules e falou da bela Íole, a quem Hércules tinha salvado. Uma feroz onda de ciúme encheu o coração de Dejanira, fazendo-a lembrar-se do venenoso filtro de Néssus. Entregou então ao mensageiro a túnica que Hércules mandara buscar, mas toda borrifada com tal filtro . . .
Ao receber a túnica, Hércules vestiu-a sem preocupação e foi ao altar oferecer o sacrifício a Zeus. Lá chegando, começou a sentir no corpo uma dor horrenda, como se tivesse vestido uma túnica feita de chamas implacáveis. Hércules então morreu queimado.
Dejanira achava que a túnica fosse para Íole, e não para Hércules. Ao saber do acontecido, desesperou-se e correu para enforcar-se numa árvore.
Zeus então transformou seu filho numa das constelações do céu.
"Os 12 Trabalhos de Hércules":
(1) estrangulou um leão, de pele invulnerável, que aterrorizava o vale de Neméia;
(2) matou a hidra de Lerna, monstro de muitas cabeças;
(3) capturou viva a corça de Cerinéia, de chifres de ouro e pés de bronze;
(4) capturou vivo o javali de Erimanto;
(5) limpou os estábulos de três mil bois do rei Augias, da Élida, não cuidados durante trinta anos;
(6) matou com flechas envenenadas as aves antropófagas dos pântanos da Estinfália;
(7) capturou vivo o touro de Creta, que lançava chamas pelas narinas;
(8) capturou as éguas antropófagas de Diomedes;
(9) levou para Edmeta, filha de Euristeu, o cinturão de Hipólita, rainha das guerreiras amazonas;
(10) levou para o rei de Micenas o imenso rebanho de bois vermelhos de Gerião;
(11) recuperou as três maçãs de ouro do jardim das Hespérides, por intermédio de Atlas, que sustentava o céu sobre os ombros e executou por ele esse trabalho, enquanto Hércules o substituía;
(12) apoderou-se do cão Cérbero, guardião das portas do inferno, de três cabeças, cauda de dragão e pescoço de serpente.