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A conclusão do quarto conto de terror interativo. O conto começa com um pequeno parágrafo introdutório e depois é continuado pelos usuários do site. A cada semana, uma surpresa...



Contos Interativos

Aqui quem escreve a história é você.

Como funciona: A introdução da história é apresentada no site. A partir dessa introdução o usuário pode dar a continuação para a história criando personagens, ambientes, situações... Sua mente é o limite.

Quando a história estiver consistente, o web master fará a conclusão e ela será arquivada, para a entrada de uma nova história.

Para enviar sua continuação, basta preencher o formulário abaixo da história e desenvolver seu texto. Ela será estudada e se for a melhor seqüência, entrará no site. Toda semana entrará na história um parágrafo novo, dando espaço para mais uma continuação. Seu nome será publicado como o autor do parágrafo atual (seu e-mail não será publicado).

Serão desconsiderados parágrafos com palavras obscenas (palavrões)

Agora, é com a sua imaginação...


Anagramas

- E que suas almas descansem em paz!

Essas foram as últimas palavras de Padre Roni depois que o túmulo foi fechado. A família ainda não se conforma com o assassinato das duas filhas mais jovens de Margarida. Nem mesmo sabendo que o maníaco foi esquartejado por companheiros de cela faria com que sua dor diminuísse.

Margarida permaneceu no cemitério depois que todos foram embora. Seus dois filhos mais velhos, Sergio e Marcos consolavam sua pobre mãe, que já não tinha mais lágirmas para chorar. A triste mãe ajoelha-se e fecha os olhos entre as duas lápides. Mas algo estranho acontecia.

A foto de Diana, a caçula, estava diferente. A lápide parecia envelhecer a pobre criança enquanto a cova de Eliane parecia tremer. Diana estava chorando na foto. Ela olhava diretamente para a lápide ao lado, que parecia mudar de cor.

Mesmo sabendo que isso poderia ser apenas uma alucinação, Margarida fechou os olhos e fez uma oração. Quando os abriu apareceram as seguintes mensagens nas lápides:

Diana: Colosges an dams esosom havu o netsaneá.

Eliane: Soma mercoles na dasgiso e menesrrot pamars ramanas.

Ao ler as frases, Margarida desmaia.

Margarida acordou no momento seguinte com uma forte dor de cabeça, ainda estava no cemitério deitada no chão com os seus filhos mais velhos falando em tom muito preocupado....

- Mas o que deu na mamãe- perguntou Marcos

- Está muito nervosa.... passou mal- dizia Sergio

Margarida se levanta muito depressa e olha novamente para as lapides, as frases tinham sumido.Margarida nada disse aos seus filhos mas durante aquela noite sonhou com as suas filhas. Primeiro alegres em vestidos brancos depois os vestidos se tornaram vermelho sangue e as caras entristeceram e murmuraram as frases das lapides

O que aconteceu, na verdade, é que as duas filhas queriam dizer alguma coisa para a mãe, algo que estava pendente e que poderia ajudar a solucionar o caso. O problema era como desvendar o que estava escrito nos anagramas sendo que somente Margarida havia visto e ninguém acreditava nela.

A partir daquele dia, Margarida, ainda desconsolada e um pouco incrédula, passa a ir todos os dias ao cemitério para ver se descobria mais alguma coisa. Seus filhos, preocupados, passam a acompanhá-la e procuram uma ajuda psiquiátrica.

Mas, um dia, Margarida consegue escapar e à noite vai ao cemitério,sozinha.

Ao chegar no cemitério, Margarida corre em direção as lápides de suas filhas.

Ao ve-las, nota que nas fotos, as meninas aparentam ter por volta de 7 anos a mais. E logo abaixo a mesma mensagem. Dessa vez ela se contém e não desmaia. Margarida fecha os olhos tentando acreditar no que está vendo, mas ao abri-los a mensagem continuava lá.

Então ela vê um vulto se aproximando. Vestia vestes vermelho-sangue, com um capuz da mesma cor tampando-lhe o rosto. Ele tem um saco em suas mãos, que no instante seguinte entrega-o a Margarida. Ela abre-o, e descobre que dentro havia um bilhete, com o seguinte:

"Compreenda-nos para libertar-nos, busque e seja a nossa ajuda".

Margarida ficou confusa, já não sabia no que pensar. Tentava entender o que estava acontecendo e por que. O vulto nada disse e seguiu se caminho de volta, como se fosse mandado apenas para um sutíl aviso à Margarida. Ela notou que Marcos vinha em sua direção, para visitar o túmulo de suas irmãs.

- Mãe, vejas estas frases. O Que querem dizer? Como apareceram aí?

- Não sei filho - Ela chorava e estava com medo - Sinto que algo está errado e rezo por minhas filhas. - disse Margarida.

Tensa, Margarida procurou pelo padre Roni

Padre Roni acabara de celebrar sua missa das 17 horas quando foi procurado por Margarida. Um longo e expressivo silencio parecia como resposta a pergunta angustiante de Margarida:

- O que significa estas frases Padre?

-Preciso de um certo tempo para pesquisar. Isto me parece uma mensagem codificada.

Margarida, um tanto desapontada, saiu da igreja e foi diretamente ao cemitério. Sua intuição a motivava a fazer tal visita a aquela hora da tarde.

Por sorte a necrópole ainda estava com suas portas abertas. Margarida, tomada de súbito espanto, mal consegue ler a nova mensagem na lápide da Diana.

- Mamãe, cuidado com o Padre Roni. Ele sabe demais!

Desesperada, Margarida corre o cemitério, mas depara-se com o padre Roni com uma faca próximo do portão.

Seu grito de pavor quebra o silêncio do cemitério enquanto o Padre Roni corre em sua direção com os olhos avermelhados e a boca ensanguentada. Ele estava totalmente transtornado e tentara desesperadamente acabar com a vida de Margarida.

De repente, o Padre Roni cai desacordado sobre uma lápide. Seu peito foi perfurado por uma estátua de anjo que ficava sobre a cova. Assustada demais para chegar perto, Margarida pediu ajuda.

Marcos vai em sua direção para ajudá-la, ele está com um aspecto envelhecido, sua mão acha estranho mas prefere ficar calada.Padre Roni não está totalmente morto, ele ainda precisa decifrar as frases, então Margarida e Marcos chamam a polícia.

-Boa Noite, foi aqui que nos chamaram?

-Foi-disse Margarida.Venha que eu o mostrarei o corpo.

-Mas...ele está morto?

-Não,seu peito foi perfurado, mas ele continua vi...

-Você tem um belo senso de humor como que alguém nesse estado continuaria vivo?

Enquanto caminham,acham uma enorme cova com o nome de padre Roni e dizendo que morreu no sec. XVII

Nesse momento tudo parece cada vez mais confuso na cabeça de Margarida. Porque o demônio do padre queria matá-la?

Margarida começa a acreditar que sabe demais depois de ver Diana chorando ao lado da lápide do Padre Roni. Margarida chora de desespero por não entender a situação e se aproxima da alma de sua filha.

Mas quando ela chega perto, o espirito do Padre Roni sai de sua cova, com o rosto deformado e dentes pontiagudos, tentando arrastar a alma de sua filha para o inferno. Margarida se joga nos braços do padre demonio.

Ela olha espantada para o rosto de Roni, sente um calafrio e olha para sua filha pedindo por socorro. Porém Diana não tem tempo para fazer nada, ele a arrasta para sua antiga casa que hoje está abandonada. Em um instante ela já está sozinha novamente. Margarida escuta barulhos de alguém na cozinha. Ela está com medo. Mas ela vai até a lá, e quando olha sua filha Diana e o Padre conversam em uma língua estranha.

Margarida é surpreendida por Sérgio, que sussurra ao seu ouvido: "Colosges an dams esosom havu o netsaneá.". Nesse momento ela sente agulhas penetrando em seu corpo.

As agulhas transpassam sua mão. Uma delas rasga seu olho esquerdo enquanto as demais perfuram sua pele. Sua única esperaçna é a ajuda de Sergio, que olha perplexo para a mãe sangrando.

Um acesso de furia surge diante do desespero de ver sua filha ao lado do demonio. Margarida segura na mão de Sergio e corre na direção do padre. Com os olhos ensanguentados e urrando de dor, Margarida consegue morder o pescoço de Roni, que parece nem sentir sua carne na boca da enlouquecida mulher.

O Padre não esboça nenhuma reação. Apenas sorri para a pobre Margarida, mostrando que o que ela está fazendo não surte nenhum efeito.

Margarida recorre a um pedaço de madeira, do tamanho de um braço para agredir o padre. Seus gritos ecoam pelo silêncio do cemitério.

Ela se prepara para bater no padre-mosntro, mas ao levar a tora de madeira sobre seus ombros ela fere o nariz de Sérgio. Desesperada, ela larga a madeira e corre em auxilio ao filho. Mas algo estava estranho. Do outro lado, ela ouvia gemidos.

- Você não pode! Gritava o Padre Roni.

Ao olhar para o Padre, ela percebe que seu nariz também sangra. A boca do padre se enche de sangue enquanto ele cambaleia para os lados atordoado com a pancada. Margarida volta o olhar para Sérgio. Ele está de pé com a tora na mão. Seus olhos não são mais o do seu filho. São os olhos de um demônio.

- Me ajude aqui, Marcos! Grita Sérgio.

- Marcos não está aqui! Responde Margarida

- Olhe para trás, mamãe...

Marcos está realmente lá, parado atrás de Margarida. Ele está vestido de Padre, com o nariz sangrando.

Margarida estava entre seus dois filhos, com dentes apodrecidos e pele seca. Mas o som de passos tira a atenção dos três. Era Diana:

- Colosges an dams esosom havu o netsaneá.

- Sabe o que quer dizer isso, mamãe?

- Não sei, filha! Me ajude!

- A chave do nosso mal está em nosso sangue

- Como assim?

- Soma mercoles na dasgiso e menesrrot pamars ramanas! Diz Elaine saindo das sombras de uma árvore.

- Não entendo... o que quer dizer com isso?

- Cale a boca! Gritou Marcos correndo na direção das meninas

Margarida entendeu o anagrama que a filha fez. Ela lembrou-se de sua iniciação em Magia Negra quando seus filhos ainda eram pequenos. Ela acreditou que apenas saindo da cidade conseguiria ficar longe da maldição que os bruxos do mal colocaram nela. Seus filhos tornaram-se demônios e no sangue de todos corre o mesmo sangue amaldiçoado.

A mãe se desespera a chorar. Ela sabe como acabar com o mal. Os filhos não entendem e ficam olhando a coitada pegar novamente o pedaço de madeira. Sérgio não se preocupa, pois sabe que a mãe não pode feri-lo. Mas ela não os quer.

Margarida quebra uma lasca da madeira. Ela não enxerga mais nada. Sua face é um amontoado de sangue e lágrimas. Mas de uma face transtornada e triste, surge uma Margarida enfurecida:

- Desapareçam demônios!

Os dois filhos correm na direção da mãe. Eles sabem o que ela quer fazer. Quando a primeira estacada acertou o coração de Margarida, a cabeça de Marcos e Sérgio explodiram. Os cérebros pulsavam no solo como se estivessem vivos. De seus pescoços jorravam sangue negro que de tão quente chegava a exalar um odor de enxofre, envolto em uma fumaça.

Quando Margarida caiu, com a lasca cravada em seu peito, teve a visão de sua filha Elaine, elucidando o último anagrama antes de morrer:

- Sergio e Marcos prenderam nossas almas e nos mataram.

Conclusão por Apocalipse2000

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