O meu pai fora transferido para Belo Horizonte em 1975. A família toda veio junto. Começamos uma nova vida aqui. Tudo novo para mim e para todos os meus irmãos - colégio novo, amigos novos, etc. Morei num prédio de classe média - prédio este de três andares. Morava no segundo andar e fiz uma amizade com uma menina de 13 que residia no primeiro. A amizade foi crescendo e brincávamos e conversávamos na rua. Ela morava com a mãe e o pai naquele apartamento. Me lembro que era o mês de julho - o dia não me lembro. Ela telefona para a minha mãe apavorada dizendo que sua mãe estava passando mal. Era uma segunda a tarde. Eu e minha mãe descemos as escadas correndo e ao chegarmos lá, ela estava estirada no sofá da sala. Minha mãe tentou uma massagem no peito dela para ver se ela voltava a consciência. Esta minha amiga naquele momento estava apavorada e chorava muito. A tentativa da minha mãe era tardia. Eu fiquei parado na porta da sala do lado de fora observando a cena e estava chocado com tudo aquilo.
A mãe desta minha amiga morrera de um ataque cardíaco violento. O "estranho" é que eu vi uma luz descendo para o corpo dela e a vi subindo. Ela tentou se comunicar comigo. Apontou para si mesma como se estivesse dizendo: "Você está me vendo?" Eu não escutei estas palavras, mas, pelos gestos dela pude concluir que ela disse isto. Ela subira por aquela luz e chorava - pude entender por um outro gesto dela a seguinte frase: "Fale com a minha filha que eu estou bem." Depois disto, aquela luz se dissipou e subi correndo para o meu quarto apavorado.
Meia hora depois, esta minha amiga fora ao meu apartamento para telefonar para o pai dela e avisar. Foi uma cena inesquecível para mim. Quando ela chegou no meu apartamento é que dei um abraço nela. Não sabia o que dizer e nestas horas até hoje não sei o que falar. Morte é algo que não explicamos - temos vontade de ver como acontece com a gente e ao mesmo tempo, temos medo. Porque estou contando este caso? Minha vida mudou depois que eu vi aquela nave em Juiz de Fora. Comecei a ter certos "poderes" que eu domino até hoje. Posso ter premonições e "ler pensamentos" dos outros. Este fato foi apenas o primeiro de uma série que descreverei mais adiante. Fiquei mais sensível e já ocorreu muitas vezes em dias de jogos de futebol importantes, quando um foguete explodia, segundos antes eu tinha a reação de ouvir e tampar os ouvidos. Uns cinco segundos depois alguém soltava os fogos.
Me lembro que fui empurrado num supermercado logo depois deste fato da morte da minha vizinha. Só que eu fui empurrado por um "espírito". Eu estava apaixonado por uma colega de colégio e estávamos num supermercado. Eu era muito tímido na época e tinha vergonha de me aproximar dela. Ela estava na minha frente e eu com um colega atrás. De repente sinto um empurrão que quase me derrubou no chão. Olho para trás e não havia ninguém. Ela se vira e diz: "Foi um espírito! Eles tomam conta da gente o tempo todo!" Anos depois fui entender aquela frase da minha "paixão". Portanto, passei a ter estes acontecimentos estranhos comigo com grande frequência. Me lembro que esta minha "paixão" estava doente e não foi na aula. Ela me telefona de tarde e pude perceber não sei como na época que ela mexera o braço ao falar comigo ao telefone. Fiz este comentário com ela - não me lembro das palavras exatas, mas, fora algo parecido com isto: "Você mexeu o braço esquerdo agora, não?" Ela parou e falou: "Tem alguém me filmando aqui? Você está me observando?" Não pude entender aquilo ... apenas fui "forçado" a falar aquilo com ela. Foi a partir daí que as coisas começaram a acontecer comigo de uma forma mais forte.
Muitas vezes eu mesmo me chamava e considerava um ET. Nunca fumei ou usei drogas ... nem no colégio ou faculdade. Muitos dos meus colegas sim e tentavam me fazer usar e sempre tive a capacidade e maturidade para dizer não. Não estou querendo dizer com isto que os extra terrestres me ajudaram a não usar drogas, mas, após alguns contatos, pude observar que minha sensibilidade e maturidade aumentaram sobremaneira. Tenho certeza de que muito tenho que aprender ainda nesta vida e espero viver por mais algum tempo para ter consciência do "eu superior" e poder aprender comigo mesmo e com Deus.